Quando
a temática da multiplicidade das vidas é trazida à discussão, ouvem-se
observações estranhas.
Imaginam
alguns que o fato de saber que tornaremos a reencarnar pode nos conduzir à
acomodação, deixando para a próxima existência a solução de dificuldades
do presente.
Tal
forma de pensar nada tem a ver com o verdadeiro ensino dos espíritos.
O
retorno a um novo corpo obedece sempre a lei do progresso. O objetivo é de
melhoramento contínuo.Nada
de estagnação, portanto.
Conscientizados
de que a felicidade está na conquista da perfeição relativa, é natural que
os espíritos primem por galgar com rapidez os degraus evolutivos.

Como
nos sentimos aliviados ao concluir o pagamento de um bem adquirido! Como
nos satisfazemos com a nota promissória ou duplicata quitada, em mãos!
Não é
diferente no que diz respeito a débitos do passado.
Ansiamos
por resgatá-los desde que, libertos da problemática, poderemos estabelecer
metas mais arrojadas de crescimento.
Conquistar
a sabedoria, progredir é o que almejamos.
Nesse
compasso, nosso empenho é sempre crescer, aprender mais. Aqueles que
pensamos de forma diversa, mais cedo ou mais tarde, nesta vida ou na
espiritual, nos daremos conta do tempo perdido.
Exatamente
como o aluno relapso que, chegado ao fim do ano letivo, e não tendo
conquistado as notas devidas, sente-se entristecido ante a perspectiva de
ter que repetir o mesmo aprendizado que desprezou.
Nada
na lei de Deus que não seja perfeito.
O
planejamento divino estabeleceu para todos nós uma escalada de progresso e
venturas. Ninguém que escape ao contexto.
E
quanto mais nos adiantarmos na vida presente, menos longas e penosas nos
serão as existências futuras. A cada dia construímos o nosso amanhã.
Os que
desejam chegar antes ao topo da montanha, certamente não se permitem
descanso exagerado, comodismo ou desculpismo.
Trabalharemos
com afinco para galgar com maior rapidez os degraus da ciência e do amor,
do saber e do sentimento.
Você
sabia?
Que a
marcha dos espíritos, através das várias existências corporais, é
progressiva?
E que
a vida corporal é uma espécie de filtro, de depurador pelo qual passam os
espíritos para chegarem à perfeição que lhes cabe?
Isto
quer dizer que a vida do espírito se constitui de uma série de
experiências corporais, como cada vida humana se constitui de uma série de
dias, nos quais o homem adquire maior experiência e instrução.
Equipe
de Redação do Momento Espírita, com base em O Livro dos Espíritos itens
191, 195
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