Feliz Natal! Para
muitos, esta pequena frase não se realiza tão facilmente quanto é pronunciada.
A exata compreensão do Natal sugere uma averiguação histórica quanto à data do
nascimento de Jesus. Os pesquisadores não são unânimes em afirmar que ocorreu
em dezembro, porque, na história do Cristianismo primitivo, os primeiros
cristãos não tinham o hábito de celebrar o Natal, por considerarem a
comemoração um costume pagão.
As primeiras
observações acerca do nascimento aparecem por volta do ano 200. O dia 25 de
dezembro foi mencionado em 336, o que não impedia que em outras datas também
ocorressem os festejos, como, por exemplo, no dia 6 de janeiro, que até hoje é
mantido pelas Igrejas Ortodoxas Orientais.
No ocidente, a celebração
do Natal, anteriormente ligada ao nascimento de Jesus, aos poucos foi sendo
modificada. A figura do Papai Noel, o bom velhinho, tornou-se atrativo maior
para as crianças, logo também para os adultos. As festas natalinas assumiram um
caráter notadamente comercial, onde se estimula o consumismo desenfreado sob o
pretexto de que esta é a época de se presentear os amigos e parentes.
Com isso tudo,
Jesus foi sendo gradualmente substituído, de motivo central da festividade a
elemento secundário na preferência popular. Ele, porém, dissera com convicção: ”Na casa do pai há muitas
moradas”.
Ao fazer tal afirmação, o Cristo garantiu que há um lugar para todos, que a Ele
cabe preparar. Mas, e Ele? Que lugar ocupa no mundo atual? Será um lugar
específico? Numa escala de valores, está em primeiro lugar?
Por isso o Natal
se distancia cada vez mais de seu real significado. O aniversariante, por
certo, não se importaria em ser presenteado. Onde está Jesus neste Natal? Ele
nos prepara o lugar. E que lugar lhe damos em nossa vida? Na verdade, o Natal
não significa somente o nascimento de Jesus, em um dia específico, diante das
datas do mundo, mas também o nascimento do Cristo na consciência renovada do
Homem de boa vontade, em qualquer dia, a qualquer hora.
Fonte:
Reformador. dezembro 2012.
Pag.37 e 38
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