A formação cultural do Brasil (ameríndia, africana e católica ibérica) tornou-se receptiva aos princípios espíritas pela forte influência das três culturas, que são essencialmente espiritualistas.
As culturas ameríndias e africanas já admitiam a existência de espíritos, a comunicação entre os polissistemas material e espiritual e, em muitos casos, a reencarnação, embora em algumas delas na forma de transmigração. A cultura católica ibérica, em particular a portuguesa vincula-se fortemente aos santos, que não deixam de ser espíritos que aqui estiveram e continuam influenciando a vida das pessoas. Portanto, diferentemente da França, berço da codificação, que seguiu caminho diverso, influenciada pelo racionalismo iluminista, de forte cunho materialista, o Brasil abriu-se mais facilmente ás ideias espiritistas.
Com a popularização da televisão, a temática espírita passou a ser discutida pelo grande público, chegando aos programas de entrevistas, novelas e filmes.

A dedicação de Chico Xavier resultou na psicografia de mais de 400 obras espíritas, cuja publicação e divulgação permitiram que o Espiritismo se tornasse conhecido nacionalmente. O carisma aliado à prontidão conquistou pessoas de todas as religiões. Mesmo aquelas que não se dizem espíritas, manifestam uma admiração especial pelo Chico.
Foi-se o tempo em que muitos se aproximavam da Doutrina Espírita somente pela dor, pela busca de contato com os desencarnados ou por curas milagrosas. Atualmente, cada vez mais pessoas procuram o Espiritismo com um grande propósito: dar mais significado à vida.
O Objetivo e o desafio do Espiritismo neste século são bem claros: promover uma evolução moral na humanidade.
Revista SER Espirita
Ano 04 Edição 24
www..serespirita.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário