sábado, 18 de agosto de 2012

VIDA APÓS A MORTE


Quem simpatiza ou concorda com os princípios da Doutrina Espírita compreende que a reencarnação é uma das evidências da justiça de Deus. É com a reencarnação que os espíritos têm a possibilidade de rever seus pensamentos e ações, com o intuito de melhorar comportamento, de evoluir. Partindo dessa ideia, chega-se à conclusão de que todos os espíritos passarão por tantas encarnações quantas sejam necessárias para seu processo evolutivo.
Da mesma forma, quem estuda o Espiritismo descobre que existe vida após a vida; que a expressão “vida após a morte” perde o sentido – já que a ‘morte’ não existe – e que todos estão na ‘fila’ do desencarne.
Não há fórmulas. O Espiritismo ensina que os espíritos devem fazer o máximo para serem melhores em cada encarnação. Assim, a vida seguirá seu transcurso de maneira natural – seja ela no mundo material ou espiritual – e a evolução irá se efetivando.
Enquanto tivermos o nosso corpo e a alma se achar mergulhado nessa corrupção, nunca possuiremos o objeto dos nossos desejos: a verdade. Com efeito, o corpo nos suscita mil obstáculos pela necessidade que temos de cuidar dele. Ele nos enche de desejos, de apetites, e de mil tolices, de maneira que, com ele, impossível nos tornar ajuizados, sequer por um instante. Mas, se não nos é possível conhecer puramente coisa alguma, enquanto a alma nos está ligada ao corpo, das duas uma: ou jamais conheceremos a verdade, ou só a conheceremos após a morte.
Se a alma é imaterial, tem de passar, após essa vida, a um mundo igualmente invisível e imaterial, do mesmo modo que o corpo, decompondo-se, volta à matéria, Muito importa, no entanto, distinguir bem a alma pura, verdadeiramente imaterial, que se alimente, como Deus, de ciência e pensamentos, da alma mais ou menos maculada de impurezas materiais, que a impedem de elevar-se para o divino e a retêm nos lugares da sua estada na Terra.
Sócrates e Platão, como se vê, compreendiam perfeitamente os diferentes graus de desmaterialização da alma. Insistem na diversidade de situação que resulta para elas da sua maior ou menor pureza. O que eles diziam, por intuição, o Espiritismo o prova por meio de inúmeros exemplos colocados à nossa disposição (consulte O Céu e o Inferno, 2ªparte).
Das duas uma: ou a morte é uma destruição absoluta, ou é passagem da alma para outro lugar. Se tudo tem de extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nós mesmos. Todavia, se a morte é apenas uma mudança de morada, a passagem para o lugar onde os mortos se têm de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos! O meu maior prazer seria examinar de perto os habitantes dessa outra morada e distinguir lá, como aqui, os que são dignos dos que se julgam tais e não o são. Porém, já é tempo de nos despedirmos, eu para morrer e vocês para viverem, disse Sócrates a seus juízes.
Segundo Sócrates, os que viveram na Terra se reencontram após a morte e se reconhecem. O Espiritismo nos ensina que os Espíritos continuam mantendo, no Plano Espiritual, as mesmas relações que tinham quando encarnados.
Houvesse Sócrates e Platão conhecido os ensinos que o Cristo difundiu quinhentos anos mais tarde e os que agora o Espiritismo espalha, e não teriam falado de outro modo. Os Espíritos avançados, quando trazem para a Terra as grandes verdades, já as conheciam antes de encarnar. Sócrates, Platão e os grandes filósofos daqueles tempos estariam mais tarde, entre aqueles que ajudariam o Cristo em sua Divina missão. Foram escolhidos porque já compreendiam, mais do que os outros, os seus sublimes ensinamentos.

Revista SER ESPIRITA
O EVANGELHO segundo o espiritismo

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