Na caminhada, um olhar para o outro é uma transformação.

No sentir o calor da outra pessoa, é sentir o pulsar da vida.
No perceber o pensamento do outro, é viver a expressão da integração humana.
No olhar o outro trabalhando, é perceber a representação do esforço humano na transformação.
Ver o outro chorando, é sentir a experiência contundente do afetivo.
Sentir-se contrariado com o outro, é perceber a diferença que integra.
Descobrir que todos procuram a felicidade, é ser a felicidade.
Ver o outro na composição da morte, é, intimamente, descobrir a eternidade.
Sentir no outro a dor, o definhamento, é descobrir o quanto nos afeta a igualdade.
Perceber as imensas diferenças nos outros, é alcançar o sentido da unidade na força
Olhar para o outro, criança, é ver o crescimento da humanidade.
Enxergar o velho trôpego, é compor a dignidade.
Na dimensão do outro e de todos os outros, descubro que sou outro, sem nunca deixar de ser todos os outros!

