quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

MICROCEFALIA, POR QUE TANTOS CASOS?

VISÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA

 QUAL A VISÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA DESSES VÁRIOS CASOS DE MICROCEFALIA?
Os diversos casos de microcefalia que está ocorrendo por todo o Brasil, e com mais intensidade no Nordeste, e os números cada vez mais aumentando.  Nos faz indagar: por que isto está acontecendo? 
   Para nós espíritas isto não é por acaso. Na visão da Doutrina Espírita esta situação enquadra-se nas chamadas provações coletivas, é um resgate coletivo. São espíritos que trazem necessidade de provas ou expiações semelhantes, nisto são atraídos a lugares ou situações, onde graves desequilíbrios destes espíritos são tratados em conjunto. Sobretudo nas doenças, chamadas de congênitas, que a criança já traz ao nascer, não se pode atribuir ao acaso ou a má sorte elas passarem por esta situação.
   Há casos também em que esses espíritos reencarnam com este problema  para ajudar os familiares a desenvolverem boas qualidades, a terem mais paciência, para desenvolver o cuidado pelo próximo, a compaixão, a generosidade...
   O Espiritismo nos esclarece que estamos num mundo de efeitos, de consequências, onde percebemos que na reencarnação encontra-se o “por que” para compreendermos o que está ocorrendo, as causas e as consequências.
  Nas questões 132 e 133 de O Livro dos Espíritos, encontramos os seguintes esclarecimentos: Que Deus impõe a encarnação com o objetivo de fazer os espíritos chegarem a perfeição. Para alguns a encarnação é uma expiação, para outros é uma missão. Todavia, para alcançarem essa perfeição, devem suportar todas as vicissitudes da existência corporal; nisto é que está a expiação. (...)
Todos nós necessitamos de reencarnarmos, pois todos nós fomos criados simples e ignorantes; instruímo-nos nas lutas e nas tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não poderia fazer a alguns felizes, sem dificuldades e sem trabalho e, por conseguinte, sem mérito. Os espíritos que seguem o caminho do bem alcançam mais depressa o objetivo. Aliás, as dificuldades da vida, frequentemente, são consequências da imperfeição do espírito; quanto menos tenham de imperfeição, menos tem de tormentos. (...)
  Estamos vivenciando um momento crucial no progresso do planeta Terra, e no nós progresso.  Esta é a encarnação que melhor nos preparamos através das outras encarnações. É a grande chance e a grande oportunidade para nos tornamos indivíduos melhores. E para esses espíritos que nasceram com o corpo físico com microcefalia é uma grande oportunidade de reajuste de dividas passadas, é uma reencanação impar para eles, mesmo que seja por breve instantes, ou pela experiência de passar por isso, ou que vivam por anos; tanto para eles como para os familiares .
  Sabemos que a Terra está passando pela mudança de uma Era para outra, deixando o mundo de Provas e Expiações para o mundo de Regeneração. Tudo que estamos vivenciando seja desencarnes coletivos, seja reencarnações de resgate coletivo, é para acelerar o processo de quitação de divida do mundo em estagio de Provas e Expiações, pois não se pode chegar um novo estagio moral na Terra com as dividas e os sofrimentos atuais. Só irão ficar na Terra os espíritos que assumirem o compromisso com o bem, espíritos com a moral adequada para habitar o mundo em estagio evolutivo de Regeneração. Por isso que as dividas tem que serem pagas, e por isso que está havendo esse aceleramento para o pagamento dos débitos desses espíritos, e tudo isso acontecendo por meio da Lei de Causa e Efeito, da ação e da reação.
  Assim, os débitos de vidas anteriores que tal espírito contraiu e acarretou tal deficiência, é sanado com essa atitude de encarnar com a microcefalia.   Décadas atrás a incidência de casos de deficiência física era muito grande, e se apresentando de diversas formas as deficiências físicas, atualmente os espíritos estão nascendo com doenças emocionais, psíquicas, é a mente que está sofrendo atualmente. Tendo diminuído os casos de deficiência física, pois os espíritos que precisavam passar por tais circunstancias já terem quitado tal divida, contraída por erros em vidas passadas. É por isso que esta é a grande chance, quem sabe uma das ultimas chamadas para esses espíritos quitarem suas dividas e a dos seus familiares por meio da microcefalia.
  Deus sempre Escreve Certo e  Seu Amor e Justiça nunca falham. Temos que entender que os espíritos desses bebês, são espíritos que já viveram muitas outras vidas, com erros e acertos. Os aspectos espiritual por trás desta situação é que são espíritos que precisam passar pela experiência da microcefalia, é como se fosse um processo de cura para os dificuldades espirituais desses espíritos.
  Que as mães não aborte esses bebês de forma alguma, porque se houver um caso na família de microcefalia é porque  a família necessita desta experiência  para desenvolver boas qualidades. Porque se haver de nascer na família um bebê com alguma deficiência física é necessidade da família e do bebê. A família tem que se doar, porque tudo tem uma razão de ser. É a Justiça Divina atuando, mesmo que não compreendemos atualmente,  para que alcancemos a luz.
  Que as mães, os pais e  os familiares agradeçam a Deus por esta oportunidade bendita, por receber estes espíritos sofredores, que vão precisar dos seus pais, responsáveis, familiares, de todo o amor, carinho, da servidão, para se dedicarem a estes espíritos, dando condição a eles de cura para o espírito, através desta oportunidade. Quando servimos crescemos. É um crescimento mútuo, para os pais e para o filho, muitos casos podem ser resgates de dividas dos pais com os filhos de outras vidas, outros casos os bebês podem assim nascer para sensibilizar os pais e familiares, e outros podem ser a necessidade do espírito de nascer desta forma e os pais os acolherem para o ajudar, sem os pais terem cometido erros com eles no passado, isto estabelecido no plano reencarnatório antes dos pais e filhos nascerem.
  Que esses casos sirvam para a sociedade em geral, para sensibilizar-nos e nos voltarmos mais para o bem, para o amor, para a caridade... Uma nova era está chegando, e temos que cada dia sermos pessoas melhores. O tempo urge, e os trabalhos estão sendo acelerados. Colhemos o que plantamos isto através dos séculos, isto é a lei de causa e efeito, ação e reação. Mas, sobretudo, confiemos em Deus Pai. E nos ensinos de Mestre Jesus, pois Ele afirmou: “Das ovelhas que meu Pai me confiou, nenhuma se perderá.”


  “Estamos certos de que Deus age em todas as coisas com o fim de beneficiar todos os que o amam, dos que foram chamados conforme seu plano.“ (Romanos 8:28)
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Morrer é Voltar para Casa


Quando a morte chega, com sua bagagem de mistérios, traz junto divergências e indagações.

Afinal, quando os olhos se fecham para a luz, o coração silencia e a respiração cessa, terá morrido junto a essência humana?

Materialistas negam a continuação da vida. Mas os espiritualistas dizem que sim, a vida prossegue além da sepultura. E eles têm razão. Há vida depois da morte. Vida plena, pujante, encantadora
.
Prova disso? As evidências estão ao alcance de todos os que querem vê-las. Basta olhar o rosto de um ser querido que faleceu e veremos claramente que falta algo: a alma já não mais está ali. 
O Espírito deixou o corpo feito de nervos, sangue, ossos e músculos. Elevou-se para regiões diferentes, misteriosas, onde as leis que prevalecem são as criadas por Deus.

Como acreditar que somos um amontoado de células, se dentro de nós agita-se um universo de pensamentos e sensações?
Não. Nós não morreremos junto com o corpo. O organismo voltará à natureza - restituiremos à Terra os elementos que recebemos - mas o Espírito jamais terá fim.


Viveremos para sempre, em dimensões diferentes desta. Somos imortais. O sopro que nos anima não se apaga ao toque da morte.
Prova disso está nas mensagens de renovação que vemos em toda parte.
Ou você nunca notou as flores delicadas que nascem sobre as sepulturas? É a mensagem silenciosa da natureza, anunciando a continuidade da vida.


Para aquele que buscou viver com ética e amor, a morte é apenas o fim de um ciclo. A volta para casa.
Com a consciência pacificada, o coração em festa, o homem de bem fecha os olhos do corpo físico e abre as janelas da alma.


Do outro lado da vida, a multidão de seres amados o aguarda. Pais, irmãos, filhos ou avós - não importa. Os parentes e amigos que morreram antes estarão lá, para abraços calorosos, beijos de saudade, sorrisos de reencontro.


Nesse dia, as lágrimas podem regar o solo dos túmulos e até respingar nas flores, mas haverá felicidade para o que se foi em paz. Ele vai descobrir um mundo novo, há muito esquecido.

Descobrirá que é amado e experimentará um amor poderoso e contagiante: o amor de Deus. 
Depois daquele momento em que os olhos se fecharam no corpo material, uma voz ecoará na alma que acaba de deixar a Terra.
E dirá, suave: “ - Vem, sê bem-vindo de volta à tua casa. ”

A morte tem merecido considerações de toda ordem, ao longo da estada do homem sobre a Terra. É fenômeno orgânico inevitável porque a Lei Divina prescreve que tudo quanto nasce, morre. A morte não é pois o fim, mas o momento do recomeço.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A FELICIDADE E A CONSCIÊNCIA DE SER

Na caminhada, um olhar para o outro é uma transformação.
No escutar a voz do outro, é um chamamento.
No sentir o calor da outra pessoa, é sentir o pulsar da vida.
No perceber o pensamento do outro, é viver a expressão da integração humana.
No olhar o outro trabalhando, é perceber a representação do esforço humano na transformação.
Ver o outro chorando, é sentir a experiência contundente do afetivo.
Sentir-se contrariado com o outro, é perceber a diferença que integra.
Descobrir que todos procuram a felicidade, é ser a felicidade.
Ver o outro na composição da morte, é, intimamente, descobrir a eternidade.
Sentir no outro a dor, o definhamento, é descobrir o quanto nos afeta a igualdade.
Perceber as imensas diferenças nos outros, é alcançar o sentido da unidade na força
Olhar para o outro, criança, é ver o crescimento da humanidade.
Enxergar o velho trôpego, é compor a dignidade.
Na dimensão do outro e de todos os outros, descubro que sou outro, sem nunca deixar de ser todos os outros!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

PORRA - A palavra mais rica do dicionário baiano

Baiano que é baiano fala porra a cada dez palavras. Na Bahia, porra é tudo. 
Como diz o 'embaixador' Renato Fechine (um paraibano que abaianou de vez), porra na Bahia é adjetivo, substantivo, interjeição, adjunto adnominal e advérbio de modo, de tempo, de lugar, de intensidade... da porra toda

Vejam os exemplos a seguir:
1)PORRA pode ser utilizada para várias situações cotidianas:
- Se você toma um susto: POOORRA!
- Se você vê um amigo: legal te ver, PORRA ou Você sumiu PORRA!
- Se você admira algo: oh, POOOORRA!
- Se você está indignado: Que PORRA!
- Como adjetivo: Você é uma PORRA!
- Pra mandar alguém se acalmar: Queta PORRA!
- No diminutivo, pode ser elogio: Gosto muito de você, seu PORRINHA!
2) Como indicação geográfica:
- Onde fica essa PORRA?
- Vá pra PORRA!
- Vou embora dessa PORRA!
3)Sentido de quantidade:
- Trabalho pra caramba e não ganho PORRA nenhuma!
- Isso é caro pra PORRA!
- Ela mora longe pra PORRA!
- Ela é bonita pra PORRA!
4)Substitui qualquer objeto:
- Não se enxerga PORRA nenhuma!
- Não ganhei PORRA nenhuma de presente!
- Vou "picar" a PORRA!(sinônimo de jogar)
- Deixa essa PORRA ai!
5)Para qualificar determinada ação:
- O Bahia não está jogando PORRA nenhuma!!!
- O Vice não faz gol em PORRA de ninguém
"O cara mora na casa da porra" = mora longe.
Também pode-se dizer: "Ele mora na casa da desgraça", que é a mesma coisa, ou seja, mora longe pra porra.
Baiano que é baiano aguenta comer pelo menos dois acarajés sem passar mal... Se você não sabe, acarajé é hambúrguer de baiano.
Oxente, não entendeu? Ah, você precisa se matricular num curso de baianês. Pegar ou bater um rango e filar a bóia significam a mesma coisa, ou seja, almoçar, comer, matar quem tá te matando.
Todo baiano chama Graça de Gal, Wagner de Wal, Gilberto de Gil... Para meus amigos, parentes e aderentes, eu não sou Valter. Sou Valte (engolimos o "r").
Baiano que é baiano sabe o significado da frase: "O cara tava mais enfeitado que jegue na Lavagem do Bonfim". Ou seja, usava excessivo número de adereços e enfeites.
Só baiano sabe o que é falar "de hoje a oito". "Meu aniversário é de hoje a oito", ou seja, é daqui sete dias.
Na Bahia, é comum você tratar um amigo, um colega ou um desconhecido de "pai". Se for mulher, "mãe". "Venha, pai". "Venha, mãe". Também é comum tratar um desconhecido como "maluco", mas é uma forma carinhosa. "Vai, maluco".
Baiano não usa o termo arretado, que é uma invenção dos outros. Baiano fala "retado". Raul Seixas canta uma música que diz: "Não planto capim guiné pra boi abanar rabo/ Tô virado no diabo/ eu tô retado com você. Tá vendo tudo e fica aí parado/ Com cara de veado/ Que viu o caxinguelê".
"Tô retado" significa "tô zangado". Mas retado também exerce a função de superlativo: "É bonito que é retado" [é muito bonito]. "O cara é retado de feio" [é muito feio]. Quando se diz "Ele é um cara retado", significa, "é boa praça".
A Bahia é o único estado que começa com B - de Brasil. O mapa da Bahia é quase igual ao do Brasil, você já viu? A Bahia tem a maior costa marítima do País, você sabia? A Bahia faz divisa com oito estados.
 Salvador é a terceira cidade mais populosa do país, você sabe? [Não, nem os soteropolitanos sabem disso.]

- Para você ter lido essa PORRA até aqui, é sinal que não está fazendo PORRA nenhuma...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

TERCEIRIZAÇÃO

Em praça pública, a senhora de meia-idade, com quatro filhos pequenos, um em seus braços, pede auxílio. 
O marido a abandonou, ela está doente, as crianças passando privações. Um homem passa por ali e se condói. 
– Situação terrível! – considera com seus botões. 
Abre a carteira, estende-lhe alguns trocados e despede-se, proclamando, enfático: 
– Deus a abençoe e proteja minha irmã! 
Por instantes, brilhou em seu coração uma réstia de amor, infiltrando-se no egoísmo humano. 
Não obstante, consideremos leitor amigo: que amor inoperante! Amor inútil! 
Um arremedo de amor, que transferiu para Deus a iniciativa de ajudar de forma efetiva a sofredora senhora. 
Ele deveria fazê-lo! Superar a famosa zona de conforto. Conversar com ela, anotar seu endereço, visitá-la, conhecer suas carências, mobilizar recursos em seu favor, até mesmo com uma orientação sobre órgãos públicos que poderiam atendê-la. 
É impressionante, caro leitor, como, sem constrangimento, damos encargos ao Pai celeste: 
Se alguém está em dificuldade: 
– Deus o ajude! 
Se alguém está enfermo: 
– Deus há de curá-lo! 
Se alguém está atormentado: 
– Deus o ampare! 
Se alguém tem problemas: 
– Deus resolverá. 
Até em assuntos de caráter pessoal, o mesmo comportamento: 
Se alguém nos faz um favor: 
– Deus lhe pague! 
Se alguém nos causa prejuízos: 
– Deus o castigue! 
Se alguém nos magoa: 
– Deus está vendo! 
Seríamos bem mais eficientes no propósito de ajudar alguém se, em vez de criar encargos para a divindade, nos colocássemos a serviço do Senhor, medicando o doente, socorrendo o necessitado, consolando o aflito, perdoando o ofensor, orando pelos que nos perseguem e caluniam, como ensinava Jesus.
Nunca ouvi alguém dizer que, atendendo às solicitações humanas, o Criador materializou-se e resolveu o problema, ou atendeu à sua fome, entregando-lhe uma cesta básica… 
Podemos afirmar que o Senhor não faz isso porque não pode? 
Obviamente, não. É onipotente. 
Não sabe? 
Claro que sabe! É onisciente. 
Não quer? 
Absurdo! Deus é a misericórdia em plenitude. 
Então não faz por quê? 
Podemos responder a essa pergunta lembrando uma observação de André Luiz, em psicografia de Francisco Cândido Xavier, no livro Ação e reação “[...] o Criador atende a criatura por intermédio das próprias criaturas. [...]”.
É fácil entender isso. O grande desafio no atual estágio evolutivo é vencer o egoísmo, a tendência de pensarmos muito em nós mesmos, com alheamento em relação ao próximo. 
Estamos na contramão do universo, que é regido pela solidariedade, fi lha do amor. 
Ao deixar à criatura humana o encargo de atender seus fi lhos, Deus nos oferece os recursos para vencer o egoísmo e, ao mesmo tempo, nos transformarmos em instrumentos da misericórdia divina. 
Quando nos preocupamos em fazer algo em favor do próximo, é Deus quem fala por nós, quem nos inspira, quem nos conduz, quem nos realiza no esforço do bem... 
Dizia o apóstolo Paulo, na exaltação da fé (Romanos, 8:31): “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”. 
A consciência da proteção divina é o grande apoio, o grande estímulo, oferecendo-nos força e coragem para enfrentar as atribulações do mundo. Podemos fazer ainda melhor: estarmos com Deus, cumprindo os programas da misericórdia divina. 
Como? É simples: 
Basta fazer ao próximo o bem que gostaríamos de receber dele, como ensinava Jesus.
Ricard Simonetti
Reformador|junho 2015

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Conhece-te a ti mesmo

Uma das principais bases de todos os sistemas morais e religiosos da Terra, é a busca e a compreensão do auto-conhecimento. Podemos perceber tal figura como supedâneo em uma série de sistemas filosófico-religiosos, como os preconizados por Sócrates, Sidartha Galtama, Krishna, Confúcio, Lao Tse, etc.
Aliás, interessante atentarmos ao fato de que a frase ‘conhece-te a ti mesmo’ estava escrita no frontispício do oráculo em homenagem a Apolo (deus Sol), em Delfos, na Grécia, já no século VI, a.C. 
Em nossas vidas, quase que diariamente nos deparamos com situações contraditórias e de conflito. Na trajetória da Terra, faz-se imprescindível que vivenciemos determinadas situações a fim de que possamos, a partir delas, fazer o aprendizado necessário para nossa evolução espiritual. A principal finalidade da vida na Terra consiste no aperfeiçoamento, e este aperfeiçoamento só se alcança através do auto-conhecimento.
A única forma de se atingir o auto-conhecimento é através da busca individual pela sua própria essência. Isso se faz através de uma série de indagações que devem ser feitas diariamente, como uma espécie de auto-avaliação do dia que se passou.
A primeira indagação que deve ser feita é a seguinte: “O que eu posso fazer para mim neste momento?”. Importante perceber que não se trata de busca pelo individualismo, mas, devemos ter em mente que quando a pessoa está bem consigo mesma, poderá aceitar e compreender o próximo, dentro de suas características e limitações peculiares.
Outras questões podem ser colocadas para que se atinja níveis satisfatórios de auto-conhecimento, tais como: “Quem sou?” “De onde vim?” “Para onde vou?”.
Todos nós temos, ainda que inconscientemente, uma noção do papel que devemos desempenhar no trânsito terreno. A avaliação constante de tais perguntas contribui sobremaneira para que as respostas a elas tornem-se cada vez mais claras em nossas mentes.
Ainda, em nível de avaliação individual, é importantíssimo questionar-se se naquele dia que passou, faltamos alguma vez
com nosso dever. Também é salutar nos perguntarmos se alguém teria algo para se queixar de nós e de nossas atitudes. 
Por mais que não tenhamos feito nenhum mal evidente naquele dia, cabe nos questionarmos se praticamos todo o bem que poderíamos ter praticado ou se tais atitudes foram apenas tomadas de forma parcial e buscando algum benefício próprio.
Qual a melhor forma de fazermos esse julgamento individual das boas e más atitudes? Como saber se estamos caminhando em busca de um aprimoramento espiritual efetivo? A resposta a esse questionamento pode parecer simples, mas sua aplicação prática necessita de muita reflexão.
Ora, uma vez que Deus é soberanamente justo e bom e não tem duas medidas para a justiça, quando estivermos indecisos sobre o valor de nossas ações, devemos nos perguntar como compreenderíamos aquela ação, se tivesse sido tomada por outra pessoa.
Em nosso cotidiano, tendemos a ser bastante rígidos com os defeitos dos outros, ainda que estes sejam mínimos, ao passo que, muitas vezes, sequer notamos nossas próprias falhas, por maiores que sejam. Tal atitude pode parecer bastante cômoda, porém, em verdade, é totalmente equivocada, eis que avessa à necessidade incontestável de se alcançar o desenvolvimento individual. 
Aquele que se auto-conhece, é condescendente para com o próximo e duro para com suas próprias atitudes, eis que tem plena consciência de que deve compreender e respeitar ao próximo dentro de suas limitações, dentro do possível de cada indivíduo. Por outro lado, quando se trata de avaliar as próprias atitudes, a postura crítica é imprescindível ao aprimoramento.
Evidentemente que a tarefa não é fácil e o desafio proposto é bastante complexo. Contudo, devemos corajosamente buscar dar o quanto antes o primeiro passo necessário ao início de qualquer jornada. Mãos à obra!